quinta-feira, 25 de julho de 2013

Olá gente do Bem, seguindo a tendência da construção à seco.

Mercado da construção a seco avança e ganha escala
Em 2012 crescimento foi de 15%
Edvar Prates Lajarim, o Prates, é diretor do Grupo Ciasul e atual presidente da Associação Nacional dos Distribuidores e Instaladores de Material da Construção a Seco (Adimaco). Um segmento que, devido ao crescimento da construção civil e às mudanças estruturais na composição das classes sociais, tem conhecido um desenvolvimento sem precedentes.
 “Independentemente do bom momento que a construção civil no Brasil vem passando, representando atualmente 13% de participação no PIB nacional, o segmento da Construção a Seco está apresentando um crescimento exponencial que pode ser percebido, seja pela grande quantidade de novos produtos lançados no mercado nacional nos últimos anos ou pelas instalações de novas fábricas de materiais”, afirma Prates.
O presidente da Adimaco argumenta que, segundo dados da Associação Brasileira de Drywall, entidade criada para difundir a tecnologia, a evolução anual do consumo de chapas para drywall no país foi de 2 milhões de m² em 1995, para 44 milhões de m² de chapas em 2012. Ele ressalta que o consumo brasileiro é, ainda, bastante modesto em comparação com outros países onde a tecnologia é mais difundida, como os Estados Unidos, Austrália e Japão.
Edvar Prates Lajarim, o Prates, presidente da Adimaco
(crédito: Cortesia Ciasul)
De acordo com Eduardo Éboli, gerente de comunicação e marketing da Gypsum Drywall, “os sistemas vêm crescendo sempre a taxas superiores às taxas de crescimento da construção civil. Nos anos recentes o drywall tem crescido cerca do dobro do crescimento da construção. Nos anos de 2010 e 2011 o crescimento foi em média 25% ao ano. Em 2012 o crescimento foi na casa dos 15%, o mesmo que projetamos para 2013, o que é muito bom para os níveis de crescimento do PIB que temos alcançado.
Tradicionalmente o drywall sempre foi mais utilizado no sul e sudeste do país. Estas regiões respondem por quase 80% do consumo nacional. Especialmente o estado de São Paulo registra 43% do consumo de drywall no Brasil.”

Pelo fato da Construção a Seco ser um segmento dentro da própria construção civil, a estrutura básica de sua cadeia produtiva segue o mesmo modelo, podendo ser dividida em cinco grupos de atividades: a indústria de materiais de construção, o comércio varejista e atacadista, as atividades de prestação de serviços, máquinas e equipamentos e, por fim, as construtoras.
“Vale ressaltar que dentro de cada grupo existem outros elos que se interagem e convergem para a produção de bens e serviços destinados ao mercado consumidor. Um exemplo é o grupo de indústria de materiais que pode ser dividido por categorias como madeira, produtos químicos e petrolíferos, siderúrgica, etc., ou então na própria prestação de serviços onde se enquadram os profissionais técnicos como engenheiros, arquitetos, decoradores ou serviços de financiamento, incorporações e venda de imóveis”, esclarece Prates.
O presidente da Adimaco avalia que o crescimento do setor foi, em um primeiro momento, provocado pela própria necessidade das construtoras em desenvolverem uma industrialização em seus processos construtivos, visando padronização, rapidez e eficiência. “Já num segundo momento, percebe-se uma maior aceitação por parte dos profissionais e técnicos responsáveis pela divulgação e especificação de produtos, e pelos próprios consumidores finais, que estão descobrindo todas as vantagens e benefícios que a Construção a Seco proporciona”, argumenta.
O custo da Construção a Seco depende de fatores como o material, mão de obra, que é especializada, transporte, entre outros. Por tais motivos, segundo o presidente da associação do setor, não é possível fazer uma comparação simples, do tipo preço contra preço, com a alvenaria. Vários fatores devem ser levados em consideração. “Sem dúvida que um deles é a demanda do mercado, porém temos mais uma série de outros que é preciso colocar na conta, tais como: alívio de carga, pois uma parede em drywall é muito mais leve do que a de alvenaria; desempenho acústico, pois temos condições de conseguir uma parede altamente eficiente e muito mais esbelta, ganhando em espaço; movimentação de materiais para execução da parede; e reciclagem, pois todos os produtos, caso esta parede precise ser removida, podem ser reciclados, além do menor volume de resíduos”, explica Prates.
Patrick Bailey, do Grupo Pizzinatto, acredita que “a composição do preço não varia somente pela demanda. O preço do aço afeta os valores, assim como um grande problema com empresas não qualificadas ou homologadas que vendem perfis fora da normatização por um preço bem inferior, o que acaba afetando o mercado como um todo. Porém o valor no geral tem caído.”



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